Términos mal resolvidos

sexta-feira, abril 22, 2016

Eis que um dia, depois de muito quebrar a cara com pessoas das quais conheceu durante a vida e apenas quiseram tirar proveito de você, acontece o inesperado. Aquele sorriso amarelo, não muito atraente, mas que consegue tirar de você as gargalhadas mais sinistras possíveis. Era ele (a), você tinha certeza que aquele amigo (a) era especial e que se divertiriam muito dali pra frente. Vocês se dão bem, tornam-se companheiros de noite e bebedeira, dão risadas juntos, falam besteira, coisas sérias, aconselham um ao outro. Isso só pode ser uma amizade verdadeira. E é! Com o tempo você passa a aprender a gostar e respeitar os defeitos daquela pessoa, que apesar de ter problemas (em demasia) é alguém que você admira pela facilidade em te fazer sorrir. Afinal, você já o considera melhor amigo (a) e não quer desistir de alguém apenas porque tem alguns empecilhos que desviam toda aquela felicidade da qual passam juntos.


Então você decide se doar ao desconhecido, se entrega ao que você mais tem medo: a intimidade.
Ela é sua inimiga, te torna dependente, insegura. Você costuma evitar que isso aconteça, afinal, não quer deixar a intimidade romper o laço do qual construíram. 
Mas já é tarde, você se vê completamente entregue e de mãos atadas. É oficial, você está apaixonada (o)!
Tudo acontece muito naturalmente, vocês são ótimos juntos e finalmente se sente à vontade com aquilo que mais a assustava. 

Mas todo relacionamento tem seus empecilhos, não é mesmo? A gente sabe que a felicidade não é constante e que dificuldades e desentendimentos são comuns em uma relação a dois.
Todo aquele brilho, carrega no fundo um pouquinho de turvação. Não é a toa que vemos muitos casais se separando ou vivendo num conflito constante... mas ninguém é obrigado.

Ninguém pode se sentir na obrigação de manter um relacionamento que não brilha mais, que machuca, denigre, destrói. Isso é óbvio. 
Mas também não devemos nos ater a desistência no primeiro ato de incompatibilidade e discordância. As pessoas são suscetíveis ao erro, mas também podem aprender muito com ele e amadurecer perante a dificuldade.
Normalmente as pessoas dão preferência ao conformismo, de que algo simplesmente não vai dar certo, que não tem jeito e se quer deu uma chance para ver o contrário. Pode ser que sim, mas também pode ser que não.

É muito mais fácil se afastar do "problema" que tentar resolve-lo. E assim, muitos relacionamentos terminam de forma mal resolvida, sem valorizar uma história construída a dois, esquecendo-se dos sorrisos, da pessoa que se entregou ao desconhecido, que lembrou de você durante o dia... essa pessoa não morre, ela sempre vai existir, só precisa ser resgatada. 


A conquista não dura somente nas primeiras semanas, ela precisa ser alimentada diariamente... 
Algumas pedras podem aparecer no caminho, é lógico. Mas não irá mudar a situação se você simplesmente resolver deixá-las onde estão e mudar de direção. Elas continuarão lá! É preciso recolher cada uma delas, com muita paciência e dedicação, pois só assim  o problema é resolvido e o ditado sobre construir um "castelo" acaba por ser verídico.

Mesmo que o outro escolha mudar a direção ao invés de recolher as pedras no caminho de vocês, não desista de você! Seja você a pessoa que não muda a direção do problema, mas muda sua forma de ver e lidar com ele. Recolha você as pedras que ficaram e construa sua própria história, seu próprio castelo.
Só assim você estará preparada (o) para novos acontecimentos e  mudanças que estarão por vir.

You Might Also Like

0 comentários

Popular Posts

Like us on Facebook

CONTATO

Nome

E-mail *

Mensagem *